20.02.2023

Corso Trapalhão mostra a espontaneidade do Carnaval de Torres Vedras

Num Carnaval onde não há barreiras entre corso e o público, não poderia faltar a realização de um Corso Trapalhão.

 

E foi nesta noite, de 20 para 21 de fevereiro, que o centro de Torres Vedras foi tomado pelo último corso noturno da edição deste ano do Carnaval de Torres Vedras, que, na verdade, se constituiu como uma manifestação performativa espontânea nada atrapalhada.

 

Fizeram parte desse corso: Zés Pereiras e outros grupos de bombos (Brutabombos e TorresBombos); Cabeçudos; “cavalinhos”; um grupo de majorettes proveniente de Wellington (cidade inglesa geminada com a de Torres Vedras); carros espontâneos, motorizados ou não, quase todos a cargo de grupos e associações carnavalescas torrienses, onde não faltavam as inevitáveis “matrafonas”, e, em alguns, a sátira típica do Carnaval torriense; e uma multidão de mascarados com fantasias para todos os gostos (de bruxas a anjos, passando por tantas outras, como piratas, unicórnios, palhaços, futebolistas, borboletas, sevilhanas, havaianas, cowboys, vikings ou capuchinhos vermelhos) que dançava, em muitos casos, ao ritmo de sonoridades emanadas por carros espontâneos.

 

Mas quem é o grande “figurão” do Entrudo em Torres Vedras? É a “matrafona”, pois claro, esse homem fantasiado de mulher que satiriza com um humor muito próprio o glamour feminino. E (também) para homenagear esse elemento característico do Carnaval de Torres Vedras realizou-se, paralelamente ao Corso Trapalhão, mais um concurso de “matrafonas”. 55 concorrentes tentaram a sua sorte no mesmo, tendo o 1.º prémio sido atribuído a André Santos, o 2.º a Diogo Alves, e o 3.º a Guilherme Águas. Já o prémio de juventude coube a Bernardo Fernandes e o correspondente à “matrafona” mais “madura” a Toni Silva.

 

Pouco depois de terminar o concurso de “matrafonas” entrou em ação no corso o Tó’Candar Paladin, “veículo de folia” que arrasta sempre atrás de si uma pequena multidão que dança incansavelmente as músicas típicas da época de Carnaval interpretadas por uma banda que atua no topo desse camião.

 

Referência também para o concerto que Ruth Marlene protagonizou esta noite no palco da Praça Dr. Alberto Avelino, bem como para a animação levada a cabo por DJ’s nos outros três palcos do Carnaval de Torres Vedras.